IME Clínica Cidadã - Apneia do Sono

Apneia do sono

A síndrome de apneia obstrutiva do sono é uma doença respiratória caracterizada por episódios recorrentes de colapso da faringe. Esses episódios ocorrem durante o sono, condicionando a sua obstrução completa (apneia) ou incompleta (hipopneia).

Quais são as características da apneia do sono?

Além de provocar grande incómodo social dado o característico ressonar, a apneia do sono pode culminar em problemas cardiovasculares graves, entre outras doenças.

As paragens respiratórias provocam:

  • Uma diminuição da oxigenação do sangue;
  • Pequenos despertares não conscientes.

Apesar dos doentes conseguirem dormir, o cérebro não repousa.

A prevalência da apneia do sono em Portugal não é conhecida. Embora estudos internacionais indiquem valores mais elevados, estima-se que este problema afeta 4% a 6% dos homens e 2% a 3% das mulheres e é mais frequente entre os 40 e os 60 anos. A obesidade é, sem dúvida, um fator de risco importante. Mas como se manifesta a doença?

Sintomas de apneia do sono que se manifestam durante o sono:

  • Ressonar;
  • Pausas ou paragens respiratórias (apneias);
  • Despertares com sensação de sufocação;
  • Insónia;
  • Sono agitado;
  • Necessidade de urinar.

Sintomas de apneia do sono que se manifestam com o doente acordado:

  • Sonolência excessiva (fadiga crónica, necessidade de beber um maior número de cafés ou chás por dia, adormecer em diversas situações, por exemplo, a ler, a ver televisão, em salas de espera, durante reuniões, no cinema, em transportes, a comer, a falar com outras pessoas ou mesmo a conduzir);
  • Sensação de sono não reparador;
  • Maior irritabilidade;
  • Falta de atenção, diminuição da memória ou da capacidade de concentração;
  • Problemas sexuais, como diminuição do interesse ou impotência.

Como é diagnosticada e tratada a apneia do sono?

O diagnóstico é feito pelo registo poligráfico do sono noturno. O tratamento da síndrome de apneia obstrutiva do sono inclui medidas gerais e, em função de cada caso, uma intervenção específica.

Medidas gerais aconselhadas:

  • Redução do peso;
  • Não ingerir álcool a partir da hora do almoço;
  • Não fumar;
  • Não tomar medicamentos para dormir;
  • Dormir durante um número de horas suficientes (pelo menos sete horas).

O tratamento específico desta síndrome inclui a utilização de um aparelho que, durante o sono, fornece ar com uma pressão positiva nas vias aéreas superiores, através de uma máscara. Normalmente, está indicado para os casos moderados e graves. Em casos selecionados é possível recorrer a dispositivos orais.

No caso da cirurgia pode estar indicada no tratamento das formas ligeiras. O diagnóstico atempado e o seu tratamento correto permitem alterar radicalmente o panorama descrito, com uma melhoria significativa da qualidade de vida dos doentes.

Apneia do sono: porque é um problema social?

Quando não tratada, esta síndrome tem consequências sociais e cardiovasculares importantes.

Principais problemas associados à apneia do sono:

  • Maior risco de acidentes: cerca de 7 vezes superior ao da população em geral;
  • Maior consumo de recursos de saúde: nomeadamente maior número de consultas, internamentos e medicamentos;
  • Maior risco de: angina de peito, enfarte agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, morte súbita e diabetes;
  • Possíveis problemas conjugais e familiares: devido ao ressonar, alterações do humor e perturbações sexuais;
  • Hipertensão arterial: muitas vezes de controlo difícil;
  • Diminuição da produtividade.

A ingestão de álcool, mesmo em quantidades reduzidas, também potencia a sonolência excessiva.

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