IME - Eames cardiológicos

Exames para o Coração

O funcionamento do coração pode ser avaliado através de vários exames que devem ser indicados pelo cardiologista ou clínico geral de acordo com a história clínica da pessoa.

A avaliação cardíaca precoce e repetida com regularidade pode retardar e até mesmo evitar a ocorrência de doenças do coração nos dois sexos. Saiba quais são os principais exames preventivos para o coração. 

Entre as patologias, as mais comuns são as seguintes:

  • Arritmias: alterações nos batimentos cardíacos
  • Cardiomiopatias: dificuldade no fornecimento de sangue ao corpo pelo coração
  • Pericardite: inflamação do pericárdio – membrana que envolve o coração
  • Parada cardíaca: interrupção súbita e inesperada da função cardíaca
  • Valvulopatias: doenças das válvulas cardíacas, como estenose e insuficiência
  • Cardiopatias congênitas: malformações cuja origem está na formação do coração no feto
  • Doença arterial coronariana: inclui casos de infarto
  • Doenças vasculares: como o AVE ou AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Exame Preventivo ou check up

A realização de exames preventivos para a saúde cardíaca é indicada tanto para homens quanto para mulheres.

Essa avaliação cardiológica deve ser buscada a partir dos 35 a 40 anos de idade.

Por outro lado, se o indivíduo realiza atividade física intensa (como no caso de atletas) ou se possui histórico de doença cardiovascular na família, é indicado que os cuidados preventivos comecem antes, já por volta dos 30 anos.

Sinais de alerta entre os familiares envolvem casos de infarto, de AVC e de aterosclerose, entre outros.

Sem realizar nenhum dos tipos de exames cardiológicos voltados à prevenção, o indivíduo pode descobrir uma doença muitos anos depois de ela estar instalada, o que prejudica o tratamento.

Investigação de doenças cardíacas específicas

Exames podem ser solicitados pelo médico que acompanha o paciente sempre que houver suspeita de doença cardíaca.

Nesses casos, o teste em questão serve para confirmar ou descartar essa suspeita.

A necessidade da sua realização surge em consultas de rotina, a partir de queixas do paciente.

Inicialmente, podem não ter relação alguma com o coração, como nos relatos de falta de ar, por exemplo.

No entanto, alguns dos diferentes tipos de exames cardiológicos podem descobrir que a origem desse sintoma está justamente em um problema cardíaco.

Queixas de dor no peito, como nos casos de angina, são outro cenário comum para a realização dessa investigação.

Acompanhamento de doenças cardíacas

Determinadas doenças que afetam o coração exigem o acompanhamento médico sobre a sua evolução, verificando a resposta ao tratamento e o efeito de medicamentos utilizados nele.

Um bom exemplo são as arritmias, caracterizadas por batimentos do coração muito rápidos (taquicardia) ou muito lentos (bradicardia).

A realização de exames periódicos nesses casos é muito importante porque as arritmias podem levar a paradas cardíacas e casos de morte súbita.

Vale o mesmo para cardiopatias congênitas.

Algumas exigem acompanhamento médico por toda a vida do indivíduo, enquanto outras são passíveis de tratamento e de correção ao longo do tempo.

Tipos de exames cardiológicos

1. Raio X de tórax

O raio X ou radiografia de tórax é um exame que avalia o contorno do coração e da aorta, além de avaliar se existem sinais de acúmulo de líquidos nos pulmões, indicando a possibilidade de insuficiência cardíaca. Este exame também o contorno da aorta, que é o vaso que sai do coração para levar sangue ao resto do corpo. Este exame geralmente é feito com o paciente de pé e com os pulmões cheios de ar, para que se possa obter a imagem corretamente.

O raio X é considerado um exame inicial, sendo normalmente recomendado pelo médico a realização de outros exames cardiovasculares para avaliar melhor o coração e com maior definição.

Para que serve: indicado para avaliar casos de coração ou vasos sanguíneos aumentados ou verificar se existe deposição de cálcio na aorta, que pode acontecer devido à idade. Além disso, permite avaliar as condições dos pulmões, observando a presença de líquidos e secreções. 

Quando é contraindicado: não deve ser feito em gestantes, principalmente no primeiro trimestre por causa da radiação emitida durante o exame. No entanto, caso o médico ache que o exame é indispensável, é recomendado que a gestante realize o exame utilizando uma proteção de chumbo na barriga. Entenda quais são os risco do raio-x na gravidez.

2. Eletrocardiograma

O eletrocardiograma é um exame que avalia o ritmo cardíaco e é feito com o paciente deitado, colocando-se cabos e pequenos contatos metálicos sobre a a pele do tórax. Assim, como o raio X de tórax, o eletrocardiograma é considerado um dos exames iniciais que avaliam o funcionamento elétrico do coração, estando incluído nos exames de rotina da consulta com cardiologista. Também pode ser utilizado para avaliação de tamanho de algumas cavidades cardíacas, para exclusão de alguns tipos de infarto e avaliação de arritmia.

O eletrocardiograma é rápido e não é doloroso, sendo muitas vezes realizado pelo próprio cardiologista no consultório. Saiba como é feito o eletrocardiograma. 

Para que serve: feito para detectar arritmias ou batimentos irregulares do coração, avaliar alterações sugestivas de infarto novo ou antigo e sugerir alterações hidroeletrolíticas como diminuição ou aumento de potássio no sangue.

Quando é contraindicado: qualquer pessoa pode ser submetida a um eletrocardiograma. Entretanto, pode haver interferências ou dificuldades na realização do mesmo, em pessoas com algum membro amputado ou que apresentem lesões de pele, excesso de cabelo no tórax, pessoas que tenham utilizado cremes hidratantes no corpo antes do exame, ou até mesmo em pacientes que não conseguem ficar parados no momento do registro do eletrocardiograma.

3. M.A.P.A

A Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial, conhecido como M.A.P.A é feita durante 24h com um aparelho para medir a pressão arterial no braço e um pequeno gravador preso à cintura que faz as medidas em intervalos determinados pelo cardiologista, não sendo necessário ficar internado no hospital.

Todos os resultados da pressão arterial que foram gravados são analisadas pelo médico, e, portanto, é recomendado manter as atividades normais do dia-a-dia, assim como anotar em um diário o que estava fazendo em cada horário que a pressão foi medida, pois atividades como comer, andar ou subir escadas podem, normalmente, alterar a pressão. Saiba o preço e os cuidados que se deve ter para fazer o M.A.P.A.

Para que serve: permite investigar a variação da pressão ao longo do dia, quando há dúvidas se o paciente tem pressão alta, ou em caso de suspeita de Síndrome do Jaleco Branco, em que a pressão aumenta durante a consulta médica, mas não em outras situações. Além disso, o M.A.P.A pode ser realizado com o objetivo de verificar se os remédios para controlar a pressão estão funcionando bem ao longo do dia.

Quando é contraindicado: não pode ser feito quando não é possível ajustar a braçadeira no braço do paciente, que pode acontecer em pessoas muito magras ou obesas, e também em situações em que não é possível medir a pressão de forma confiável, o que pode acontecer em pessoas que têm tremores ou arritmias, por exemplo. 

4. Holter

O holter é um exame para avaliar o ritmo do coração durante todo o dia e à noite através de um gravador portátil que tem os mesmos eletrodos do eletrocardiograma e um gravador que fica preso ao corpo, registrando cada batimento cardíaco do período.

Apesar de o período para realização do exame ser de 24h, há casos mais complicados que necessitam de 48h ou até 1 semana para investigação correta do ritmo cardíaco. Durante a realização do holter também é indicado anotar as atividades em um diário, como esforços maiores, e presença de sintomas como palpitações ou dor no peito, para que seja avaliado o ritmo nesses momentos.

Para que serve: este exame detecta arritmias cardíacas que podem surgir em momentos variados do dia, investiga sintomas de tontura, palpitação ou desmaios que podem ser causados por descompasso do coração, e também avalia o efeito de marca-passos ou remédios para tratar arritmias.

Quando é contraindicado: pode ser feito em qualquer pessoa, mas deve-se evitar em pessoas com irritações na pele que alteram a fixação dos eletrodos. Pode ser instalado por qualquer pessoa treinada, mas só pode ser analisado por um cardiologista.

5. Teste de esforço 

O teste de esforço, também conhecido como teste da esteira ou teste ergométrico, é feito com o objetivo de observar alterações da pressão arterial ou do ritmo cardíaco durante a realização de algum esforço. Além da esteira, pode ser realizado numa bicicleta ergométrica.

A avaliação do teste do esforço imita situações exigidas pelo corpo, como subir escadas ou uma ladeira, por exemplo, que são situações que podem causar desconforto ou falta de ar nas pessoas com risco para infarto. Saiba mais detalhes sobre o teste do esforço. 

Para que serve: permite avaliar o funcionamento do coração durante o esforço, detectando presença de dor no peito, falta de ar ou arritmias, que podem indicar risco para infarto ou insuficiência do coração. 

Quando é contraindicado: este teste não deve ser feito por pessoas que têm limitações físicas, como impossibilidade de andar ou pedalar, ou que estão com alguma doença aguda, como uma infecção ou insuficiência cardíaca, já que pode agravar durante o exame.

6. Ecocardiograma

O ecocardiograma, também chamado de ecodopplercardiograma, é uma espécie de ultrassom do coração, que detecta imagens durante a sua atividade, avaliando o seu tamanho, a espessura de suas paredes, a quantidade de sangue bombeada e o funcionamento das valvas cardíacas.

Este exame é indolor e não utiliza raio x para a obtenção da sua imagem, por isso é muito realizado e proporciona muitas informações importantes sobre o coração. É frequentemente feito para investigar pessoas que apresentam falta de ar e inchaço nas pernas, o que pode indicar uma insuficiência do coração. Veja o passo-a-passo para realização do ecocardiograma. 

Para que serve: ajuda a valiar a funcionalidade do coração, detectando insuficiência cardíaca, sopros cardíacos, alterações do formato do coração e dos vasos, além de poder detectar a presença de tumores dentro do coração.

Quando é contraindicado: não existem contraindicações para o exame, no entanto a sua realização e, consequentemente o resultado, podem ser mais difíceis em pessoas com próteses mamárias ou obesas, e em pacientes onde não é possível deitar na posição de lado, como pessoas com fraturas na perna ou que estão em estado grave ou entubadas, por exemplo.

7. Cintilografia do miocárdio

A cintilografia é um exame realizado através da injeção de uma medicação especial na veia, que facilita a captação de imagens das paredes do coração. As imagens são realizadas com a pessoa em repouso e após o esforço, para que haja uma comparação entre elas. Caso a pessoa não possa realizar o esforço, este é substituído por uma medicação que simula, no corpo, uma caminhada forçada, sem que o pessoa saia do lugar.

Para que serve: avaliar alterações na irrigação do sangue nas paredes do coração, como pode acontecer na angina ou no infarto, por exemplo. Também é capaz de observar o funcionamento dos batimentos cardíacos na sua fase de esforço.

Quando é contraindicado: a cintilografia do miocárdio é contraindicada no caso de alergia ao princípio ativo da substância utilizada para realizar o exame, pessoas com arritmias graves ou com problemas renais, já que a eliminação do contraste é feita pelos rins. 

O cardiologista pode, ainda, decidir se este exame será realizado com ou sem estímulo de medicamentos que aceleram os batimentos cardíacos para imitar uma situação de esforço do paciente. Veja como é feito o preparo para a cintilografia.

Fonte: Tua Saúde, Morsch

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